A justificativa foi dada em uma série de vídeos gravados pela ex-vereadora em suas redes sociais
A ex-vereadora Maria Giovana Fortunato (PDT) justificou o seu apoio a Lula no segundo turno das eleições presidenciais de 2022 nesta quarta-feira (19) afirmando que a corrupção não é um critério de apoio de voto dessa eleição. Maria Giovana afirmou que “ambos os candidatos se submeteram à corrupção sistêmica do país” e que a sua decisão passa pelo entendimento de que “é necessário defender a democracia neste momento”. A justificativa foi dada em uma série de vídeos gravados pela ex-vereadora em suas redes sociais. A candidata conclui os seus stories afirmando que as pessoas precisam parar de se comportar como crianças. “A vida não é tão simples assim. Isso só existe em histórias da Disney”.
“De um lado, o mensalão. Do outro, o orçamento secreto. Os dois candidatos não romperam com o que causa essa corrupção sistêmica, porque esse é o sistema político do nosso país. A raiz deste problema é o estilo do nosso sistema político aqui no Brasil que se chama presidencialismo de coalizão. Todos que se elegeram presidente precisam criar os seus esquemas para comprar o apoio do centrão com cargos, privilégios, dinheiro, cada um do seu jeito. Os dois candidatos que nós temos como opção nesse momento se submeteram a corromper o sistema para manter uma base de apoio no Congresso Nacional e conseguir governar. É muito complicado escolher como critério decisivo nessa eleição escolher alguém que não esteja envolvido com corrupção”, afirmou a ex-vereadora.
A respeito do orçamento secreto, Maria Giovana comentou que certamente haverá condenações por corrupção neste esquema por parte de todo o espectro político. “Políticos ruins de esquerda, de centro e de direita provavelmente estarão envolvidos. Por isso é importante sairmos desse nível de consciência até infantil de que existe um lado do bem contra o mal. Do certo contra o errado. Do ladrão contra o herói”, afirmou Fortunato, que alega ainda que só será possível combater a corrupção sistêmica dentro do regime democrático.