O que era apenas um mal-estar terminou com uma das histórias mais surpreendentes do ano. A estudante Annalice Nascimento de Melo, de 21 anos, descobriu que era mãe cinco dias após o parto do filho, sem jamais ter desconfiado de que estava grávida.
Ela teve o que os médicos chamam de gravidez silenciosa, um tipo raro de gestação em que os sintomas passam despercebidos e a barriga praticamente não aparece. Duas semanas antes do parto, em uma fotografia, não era possível perceber nenhuma mudança física. Annalice seguia a rotina normalmente, trabalhava como assistente terapêutica e praticava esportes. Dizia que levava uma vida comum, inclusive com hábitos que uma gestante normalmente evita, como comer sushi e tomar energéticos, já que não sabia que estava grávida.
No dia 17 de junho, começou a sentir fortes dores de cabeça e sofreu uma convulsão. Foi levada à UPA e, em seguida, encaminhada ao hospital, com a pressão em 19 por 9. Os médicos suspeitaram inicialmente de um tumor ou sangramento cerebral. Quando os exames de Beta HCG apontaram resultado positivo para gravidez, chegaram a imaginar que pudesse se tratar de um tumor no útero causando um falso positivo.
A confirmação veio somente após o ultrassom, quando descobriram que Annalice estava grávida e já em trabalho de parto. Por causa das convulsões, precisou ser amarrada e vendada durante o procedimento. O bebê, Levi Emanuel, nasceu prematuro, com 34 semanas, medindo 38 centímetros e pesando 1,2 quilo.
O recém-nascido apresentou saúde frágil, teve parada cardíaca, ficou internado, usou sonda, passou por tratamento com luz azul e enfrentou infecções estomacais e urinárias, além de anemia. Annalice recebeu alta em 26 de junho, mas permaneceu no hospital para acompanhar o filho, que só foi liberado em 1º de agosto.
Atualmente, Levi está com boa saúde, sendo acompanhado de perto pelos médicos por ter nascido prematuro.






