Em uma vitória momentânea da Direita na Câmara dos Deputados, foi retirado de pauta nesta semana um Projeto de Lei que pretende taxar os canais de streaming estrangeiros. O projeto segue vivo, revela a velha mania da esquerda de tirar do bolso do povo para ajudar os seus, e pode levar ainda a um favorecimento velado.
O projeto de Lei promete criar taxas em serviços de streaming como Netflix, YouTube e Amazon Prime, encarecendo o serviço para quem usa, e prevê isenção para o mesmo serviço oferecido por emissoras concessionárias de TV, o que beneficia diretamente o serviço da Rede Globo, a Globoplay. Na prática, pune empresas estrangeiras que têm investido no Brasil e melhorado a qualidade do que se vê em uma competição que, até agora, só faz bem ao público.
Como se essa história não pudesse ficar pior, o dinheiro arrecadado não será voltado a saúde, educação ou coisas com as quais o governo deveria se preocupar. Não, vai financiar um órgão de fomento ao cinema. Que os amigos da Cultura não me entendam mal, mas já vimos essa história antes. O projeto nasce prometendo incentivar as produções menores, e quando olhamos de novo, tem um ator milionário de esquerda recebendo incentivo do governo para ficar ainda mais rico.
Sempre que um governo se mete nas artes ou comunicações, é pra dominar a opinião e o imaginário do público, e se perpetuar no poder. Se as coisas caminharem desse jeito, não demora para empresas sérias pararem de investir em séries brasileiras, e voltaremos a ter uma só voz na nossa cultura.
Por enquanto a oposição conseguiu segurar a votação do projeto, mas é preciso que todos se mobilizem, cobrem seus deputados nas redes, e fiquem atentos para evitar que a liberdade de escolha sofra mais esta derrota.
Franco Sardelli é Chefe de Gabinete da Prefeitura de Americana, presidente do PL (Partido Liberal) no município e graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas.