Redação Jornal Americanense

Passado sobre rodas: A paixão de Alexandre Rubinato por veículos e a história de Americana

Carros, motos e lanchas tecem um enredo que une uma vida à história da cidade

No cruzamento entre a história de Americana e a paixão inabalável por automóveis, emerge a figura de Alexandre Rubinato, um empresário de 76 anos que encapsula em sua trajetória a evolução da cidade que completa 148 anos. A vida de Rubinato é um testemunho vivo das transformações urbanas e da relação íntima entre a sua história pessoal e a metamorfose de Americana ao longo das décadas.

Nascido e criado na cidade, Alexandre cresceu em um ambiente onde carros e motos eram mais do que meros meios de transporte; eram uma paixão que o acompanharia por toda a vida. A história de sua família se entrelaça com a própria evolução da mobilidade em Americana. Seu pai, um taxista nos anos 60, época em que poucas pessoas possuíam carros, não apenas transportava pessoas, mas também desempenhava um papel fundamental na modificação de veículos como o DKW, para torná-los mais funcionais e confortáveis.

A cidade, outrora pacata, foi testemunha das primeiras incursões da modernidade. A região da Carioba, onde o bisavô materno de Alexandre trabalhava, foi palco da primeira rua do Brasil a ser pavimentada e contou com cinemas, clubes e fábricas que rapidamente impulsionaram o desenvolvimento local.

“Minha relação com o automobilismo é desde criança. Em casa sempre tinha carro. Chegava na garagem tinha três, quatro carros e na época ninguém tinha”, comenta o empresário.

Seu tio era proprietário de uma concessionária de veículos Ford, enquanto seu primo estava envolvido com a Volkswagen. Aos 13 anos, Alexandre já trabalhava na Volkswagen, onde também aprendeu a dirigir. Mesmo sem ter carta de motorista, ele se viu transportando até sete ou oito carros em um mesmo dia.

Com o tempo, Alexandre expandiu seu amor por veículos além dos carros. Motos tornaram-se uma paixão e ele participou de corridas e ralis. Aos 18 anos, ele já estava correndo de motocicletas, competindo em uma corrida que atraiu participantes de diversas regiões. A corrida percorria as ruas da cidade, partindo da Rua Fortunato, subindo pelo antigo Cine Brasil (hoje Teatro), e cruzando outras vias icônicas.

Além de motocicletas, Alexandre também experimentou a emoção de ter lanchas e iates, aproveitando a era dourada da Praia Azul. Ao longo de sua vida, ele também constituiu família, com duas filhas e um filho, embora este último tenha seguido a paixão por cavalos ao invés de carros.

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