Morreu nesta sexta-feira (6), aos 83 anos, Sergio Mendes, renomado pianista e compositor brasileiro, conhecido mundialmente por sua contribuição ao samba-jazz e por sua interpretação do clássico “Mas Que Nada”, composto por Jorge Ben Jor. Mendes faleceu em sua casa em Los Angeles, nos Estados Unidos, após complicações de problemas respiratórios que vinha enfrentando desde 2023.
A trajetória de Sergio Mendes
Sergio Mendes nasceu em 11 de fevereiro de 1941, na cidade de Niterói, Rio de Janeiro. Desde cedo, mostrou interesse pela música, estudando piano clássico, mas foi no samba e no jazz que encontrou sua verdadeira expressão artística. Ao longo da década de 1960, Mendes se consolidou como um dos principais nomes da bossa nova e do samba-jazz, levando a fusão dos ritmos brasileiros com o jazz e o pop internacional a novas alturas.
Seu trabalho de maior destaque internacional veio com o grupo Brasil ’66, que ajudou a projetar a música brasileira no cenário mundial. Com arranjos sofisticados e uma fusão única de ritmos brasileiros e internacionais, Mendes conquistou o público global. Seu maior sucesso, “Mas Que Nada”, lançado em 1966, tornou-se um hino atemporal e ganhou diversas versões ao longo dos anos, inclusive uma colaboração com o grupo Black Eyed Peas, que reacendeu o interesse pela obra de Mendes entre as novas gerações.
Sergio Mendes também colaborou com grandes nomes da música, como Frank Sinatra, Stevie Wonder e Herb Alpert, além de ter sido indicado ao Oscar pela trilha sonora da animação “Rio” (2011), em parceria com Carlinhos Brown.
Com uma carreira de mais de seis décadas, Mendes deixa um legado profundo, sendo um dos maiores embaixadores da música brasileira no exterior. Ele sempre ressaltava a importância da alegria e do otimismo em sua música, levando a sonoridade vibrante do Brasil a diferentes partes do mundo.