O faroeste “O Cangaceiro”, obra escrita e dirigida pelo cineasta Lima Barreto para a extinta companhia cinematográfica Vera Cruz, será exibido na segunda-feira (23), às 19h30, no Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Americana, em uma sessão do Programa Pontos MIS, realizado em parceria entre a Prefeitura de Americana, por meio Secretaria de Cultura e Turismo, e o Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo. A entrada é gratuita e a classificação é de 14 anos. O MAC fica no Centro de Cultura e Lazer (CCL), à Avenida Brasil, 1293, Jardim São Paulo.
O filme narra a trajetória do temido cangaceiro Galdino e seu grupo, que aterrorizam o sertão nordestino. Autoproclamando-se o “governador da caatinga”, Galdino comanda saques e violência, impondo seu domínio sobre o sertão nordestino. Durante um ataque a uma vila, ele captura a professora Olívia, planejando obter um alto valor pelo resgate. No entanto, tanto Galdino quanto seu comparsa Teodoro se interessam pela jovem, provocando ciúmes em Maria Cláudia, companheira do líder. A tensão se intensifica quando Teodoro resolve ajudar Olívia a escapar, desencadeando uma fuga desesperada pelo sertão e uma perseguição implacável ao casal.
“Este reconhecido clássico do cinema nacional merece ser visto e revisto por cinéfilos e pelo público em geral, que vai se surpreender com a fotografia do filme e com a temática inspirada na vida de Lampião”, disse o secretário de Cultura e Turismo de Americana, Vinicius Ghizini.
Considerado um marco do cinema nacional, “O Cangaceiro” introduziu o gênero do “nordestern”, uma adaptação brasileira dos westerns americanos, destacando a cultura e as paisagens do nordeste. A obra se tornou um símbolo do cinema nacional e, em 2015, foi eleita um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Além disso, em 2017, a produção foi homenageada com uma exposição na Casa da Cultura de Vargem Grande do Sul, cidade paulista que serviu como cenário para as filmagens.
“O Cangaceiro” foi o primeiro longa-metragem brasileiro a alcançar prestígio internacional, tendo sido exibido em mais de 80 países. A obra recebeu o Prêmio Saci de melhor filme, Melhor filme no Festival de Edimburgo na Escócia, Prêmio Associação Brasileira de Cronistas Cinematográficos, entre outras honrarias. Em Cannes, conquistou o prêmio de “Melhor filme de aventura” em 1953.