Redação Jornal Americanense

Conheça Leonel Clini, o homem que passou de moto pela antiga Ponte do Arco, em Americana

Em entrevista ao JA, o motociclista contou um pouquinho mais da história de sua façanha sobre uma Honda XLX 250

Qualquer americanense que já tenha passado um tempo nas redes sociais certamente se deparou com a curiosa fotografia de um homem dirigindo uma motocicleta sobre a estrutura de um viaduto. Quem é esse homem? Quando ele passou por essa ponte? Onde ela ficava localizada? Instigado pela possibilidade de conhecer um pouco mais sobre a histórica de Americana, o JA foi atrás de Leonel Clini, o motorista protagonista dessa antológica imagem do município que nos contou um pouco sobre a façanha.

“Foi em 1986. A gente tinha uma turminha de moto na época que saía para andar de domingo à tarde. Um belo dia, o pessoal se reuniu e disse: ‘Vamos passar na Ponte do Arco?’. Todo mundo aceitou e um monte de motociclistas foi para lá, mas chegando na hora ninguém passou. Aí eu falei: ‘Ah! Ninguém vai passar? Eu vou passar! Peguei e passei, fui e voltei”, declarou Clini ao JA.

Parte da Rodovia da Anhanguera, a Ponte do Arco havia sido construída para transpor o Rio Piracicaba na divisa entre Americana e Limeira. “Eu não tenho ideia de quanto era a altura, mas eu acredito que fosse pelo menos da altura de dois caminhões, um em cima do outro. E tinha que ser corajoso, né? Porque só tinha um pouco de concreto ali para passar. Tinha mais ou menos uns 80 cm de concreto de largura ali”, comentou o motociclista, que na época do ato tinha 22 anos de idade.

Engana-se quem pensa, no entanto, que essa foi a única vez que Clini passou pela ponte. Na realidade, o motociclista recorda que até mesmo a fotografia foi tirada em outra oportunidade: “No outro final de semana, na Praia dos Namorados, encontrei um fotógrafo que me perguntou se era verdade que eu tinha passado na Ponte do Arco. Eu disse que sim e ele pediu se eu poderia passar novamente para ele bater uma foto. Perguntei se poderia ser naquela tarde mesmo. Nisso, fomos para lá e eu passei mais quatro vezes para ele fazer a foto”.

Sobre o medo de cair, Clini responde: “Perdi as contas de quantas pessoas já me perguntaram: ‘Se fosse para você cair, você cairia para o lado do rio ou da pista?’. Eu sempre respondi: ‘Se eu pensasse em cair, eu não teria nem subido!’. Se você observar bem a foto, dá para ver que o rio estava muito baixo. Devia ter acho que mais ou menos um metro, ou seja, ele estava bem baixo. A ponte era muito alta. Seria o dobro da altura pra cair em um metro de profundidade do rio. Acho que seria pior ainda cair do lado do rio. Mas eu volto a dizer: se fosse para subir pensando em cair, eu não teria subido. Eu tinha que subir confiante no que eu faria.”

O percurso durou cerca de 20 a 25 segundos, segundo o motociclista, em cima de um modelo XLX 250 do ano 1984.”Eu não chegava, parava e subia. Eu vinha em segunda marcha e já subia. Como a moto era uma tipo cross, tipo trail, não tinha problema nenhum. Era uma moto de rua adaptada para correr, já que na época eu corria de motocross. Eu chegava da corrida, trocava as rodas dela, colocava as rodas e os pneus para a rua e saía para andar com ela. Não tinha farol, não tinha nada, porque eu corria com ela, mas tinha a documentação tudo em ordem”.

Nascido em Jundiaí, mas tendo passado toda a vida em Americana, Clini comenta que a paixão por motocicleta o acompanha desde a juventude. Há dois anos, ele foi dirigindo sobre duas rodas até a cidade argentina Ushuaia.

Leonel durante sua viagem até o Ushuaia na Argentina

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