Uma operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (22) revelou um esquema que desafia qualquer senso de ética. Uma empresa localizada no estado do Rio de Janeiro está sendo investigada por vender carne estragada, que havia ficado submersa durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024. As carnes, contaminadas pela lama das inundações, eram lavadas para a remoção dos resíduos e embaladas como se fossem cortes nobres provenientes do Uruguai.
O caso foi desvendado no âmbito da Operação Carne Fraca, que investiga crimes contra a saúde pública no setor alimentício. Durante a ação, uma pessoa foi presa em flagrante, e as autoridades descobriram caixas de carne manipuladas de forma criminosa. O método utilizado incluía o uso de embalagens falsas para atribuir um selo de qualidade inexistente, enganando consumidores e colocando em risco a saúde da população.
A gravidade do caso aumenta diante do contexto: alimentos que deveriam ser descartados por risco de contaminação estavam sendo deliberadamente recolocados no mercado. A carne estava em condições absolutamente impróprias para consumo humano. Além de ter ficado submersa na enchente, os responsáveis lavavam os cortes para disfarçar a lama e davam a eles a aparência de produtos importados de alta qualidade, declarou um dos investigadores.