Uma reportagem recente publicada pelo Intercept nesta terça-feira (19), trouxe à tona um apoio surpreendente à presidência da Venezuela. A Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo, declarou apoio ao presidente socialista Nicolás Maduro, que disputa as eleições de 2024 no país.
A revelação ocorreu em meio a um evento no dia 6 de março, no qual Nicolás Maduro e sua esposa participaram de um ato com pastores e pastoras, contando com a presença de mais de 17 mil fiéis. O representante da Igreja Universal na Venezuela, Ronaldo Santos, foi um dos oradores do evento e, de forma significativa, abraçou Maduro publicamente, simbolizando o apoio da instituição ao presidente venezuelano.
“Presidente, quando o senhor toma a decisão de apoiar as igrejas e o Evangelho, o senhor está servindo a Deus”, afirmou Santos.
Recentemente, Maduro anunciou uma série de medidas em favor das igrejas, incluindo a redução de impostos para as instituições religiosas. Além disso, lançou o programa “Minha Igreja Bem Equipada”, que visa fornecer mobílias e conceder bônus de US$10 dólares aos pastores, visando melhorar as condições dos templos. Outra medida destacada foi a criação do “Dia do Pastor”, celebrado em 15 de janeiro.
Entretanto, o apoio da Igreja Universal ao regime de Nicolás Maduro ocorre em um contexto de intensas críticas internacionais às violações de direitos humanos na Venezuela. O país enfrenta acusações contínuas de repressão política, censura da imprensa, falta de liberdade de expressão e prisões arbitrárias.
Em meio à controvérsia gerada pelo apoio declarado à presidência de Nicolás Maduro na Venezuela, a Igreja Universal teria afirmado ao Intercept que a Igreja “dispõe de total e absoluta autonomia administrativa, sempre observando as leis e as tradições locais”.