A crise política na Venezuela atinge novos patamares de gravidade com as declarações alarmantes do presidente Nicólas Maduro e o atentado contra sua principal opositora, María Corina Machado. Em um comício realizado na quarta-feira (17), Maduro alertou que o país pode enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso ele não seja eleito nas próximas eleições de 28 de julho.
“O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo,” declarou Maduro, elevando a tensão e a incerteza quanto ao futuro do país.
A situação se agravou ainda mais com a denúncia feita por María Corina Machado nesta quinta-feira (18). A principal adversária de Maduro afirmou ter sofrido um atentado, relatando que seus carros foram vandalizados e que a mangueira dos freios foi cortada. Além disso, Machado foi impedida de concorrer às eleições, o que levanta sérias questões sobre a integridade do processo eleitoral e a democracia na Venezuela.