O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), gerou indignação ao comentar sobre a recente pesquisa que revelou um aumento na violência contra a mulher após jogos de futebol. Durante um evento, Lula declarou: “Hoje, eu fiquei sabendo de uma notícia triste, eu fiquei sabendo que tem pesquisa, Haddad, que mostra que depois de jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem. Mas eu não fico nervoso quando perco, eu lamento profundamente. Então, eu queria dar os parabéns às mulheres que estão aqui.”
A declaração, que foi feita de forma aparentemente jocosa, repercutiu negativamente nas redes sociais, com muitas críticas apontando que o presidente minimizou a seriedade da violência contra as mulheres. Usuários nas redes sociais e ativistas dos direitos das mulheres expressaram indignação, ressaltando a necessidade de tratar o assunto com a devida gravidade.
Esta não é a primeira vez que Lula se envolve em polêmicas com suas declarações. Em fevereiro, durante uma cerimônia em São Bernardo, o presidente referiu-se ao desempenho de uma estudante negra dizendo que não sabia se ela era cantora ou namorada de alguém, acrescentando que “afrodescendente assim gosta de um batuque de um tambor”.
Em maio, no Rio Grande do Sul, Lula afirmou que “uma máquina de lavar roupa é uma coisa muito importante para as mulheres, que estão sobrevivendo a um verdadeiro sofrimento e martírio com essa chuva”.
Já em junho, durante uma cerimônia do programa Minha Casa, Minha Vida, Lula aconselhou uma jovem mãe: “Veja aquela menina que vem aqui com três crianças. Aquela moça tem 25 anos de idade e ela tem três filhos. Falei para ela: ‘Minha filha, a primeira coisa que você tem que fazer é parar de ter filho, porque você já tem três”.
As declarações do presidente têm suscitado debates intensos sobre a sensibilidade e a adequação de suas palavras, especialmente em temas relacionados aos direitos e à dignidade das mulheres.