Senadores e deputados estão preparando um “superpedido” de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A movimentação ocorre após a divulgação de mensagens supostamente escritas por três ex-assessores de Moraes, nas quais ele teria apontado pessoas para serem investigadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando presidia a Corte. As mensagens sugerem que Moraes teria utilizado o TSE como “braço investigativo” de seu gabinete no STF.
Em resposta, Moraes afirmou na noite desta terça-feira (13) que todos os processos “foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República”.
Nos bastidores, comenta-se que o pedido de impeachment incluirá referências ao caso de Daniel Silveira, condenado a 8 anos e 9 meses e a quem foi negada liberdade condicional mesmo tendo cumprido os requisitos para isso, e à morte de Cleriston Pereira da Cunha, ocorrida na prisão da Papuda. A coleta de assinaturas para o pedido de impeachment começou nesta quarta-feira (14), com expectativa de protocolar o pedido no Senado no dia 9 de setembro.