O projeto do trem de alta velocidade ligando São Paulo e Rio de Janeiro, conhecido como trem-bala, está avançando positivamente, segundo George Santoro, secretário-executivo do Ministério dos Transportes. Ele afirmou que a TAV Brasil, empresa responsável pelo projeto, tem corrigido limitações do projeto original, especialmente em relação ao licenciamento ambiental, tornando-o mais viável.
Em 2023, a TAV Brasil obteve autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para construir e explorar o projeto por 99 anos. O cronograma estabelece que o trem deverá estar em operação em até 10 anos. Para isso, a empresa precisa concluir estudos de viabilidade técnica, econômica e social, além de obter as licenças ambientais necessárias.
Uma estratégia inovadora para viabilizar financeiramente o projeto é a inclusão de receitas do setor imobiliário. Desde 2021, a lei de autorização ferroviária permite que o projeto desaproprie áreas ao longo do trajeto para a construção de shoppings, condomínios, postos de gasolina e terminais logísticos. Essa abordagem amplia a capacidade de arrecadação e fortalece a viabilidade econômica do trem-bala.
O projeto do trem-bala foi inicialmente proposto em 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de concluir a obra para as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. No entanto, enfrentou desafios financeiros e não avançou conforme o planejado. Com as recentes correções e estratégias de financiamento, o projeto está sendo reavaliado com perspectivas mais favoráveis.
Para que o trem bala se torne realidade, é essencial a colaboração entre os governos federal, estaduais e municipais, além da participação ativa da iniciativa privada. O diálogo contínuo com as prefeituras, como as de São Paulo e Rio de Janeiro, é fundamental para definir os pontos de parada e integrar o projeto às necessidades urbanas e regionais.
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