O cancelamento da participação ocorre, segundo o texto, pela falta de clareza e consenso entre as instituições governamentais federais, estaduais e municipais no combate à pandemia de covid-19
Associações que representam os blocos de rua de São Paulo comunicaram na noite desta quarta (5), em informe publicado nas redes sociais, que não participarão do Carnaval paulistano. O cancelamento da participação ocorre, segundo o texto, pela falta de clareza e consenso entre as instituições governamentais federais, estaduais e municipais no combate à pandemia de covid-19 e à consequente crise sanitária e social. Em consequência disso, a Prefeitura de São Paulo cancelou nesta quinta-feira (6) o carnaval de rua, embora tenha autorizado o desfile de escolas de samba.
“Com mais de 600 blocos regularmente inscritos para uma possível realização da nossa festa, estamos hoje, dia 5 de janeiro de 2022, totalmente inseguros quanto à possibilidade de realização do nosso carnaval, quanto às alternativas possíveis para amparar toda a cadeia produtiva envolvida no evento”, diz o texto do manifesto.
Os blocos afirmaram ainda que não admitem a hipótese da realização do carnaval de rua “em lugares contidos, ao ar livre, como o Autódromo de Interlagos, Memorial da América Latina, Jockey Club, Sambódromo e outros”. “Isso é alternativa do setor privado”.
De acordo com o comunicado, assinado pelo Fórum de Blocos de Carnaval de Rua de São Paulo, pela União dos Blocos de Rua do Estado de São Paulo, e pela Comissão Feminina de Carnaval de São Paulo, durante a organização prévia do carnaval, nenhum bloco foi incluído nas tratativas de planejamento, levantamento de dados, e necessidades sanitárias, “enfim, nada que o Poder Público pudesse usar para se aproximar dos verdadeiros protagonistas dessa festa, que são os Blocos de Rua”.