O Sinssp (Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência) informou que a paralisação das agências do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) segue e a produtividade caiu em 80%. A entidade convocou os servidores do Seguro Social para iniciarem a greve no dia 10 de julho e o movimento vem crescendo a cada dia com perspectivas de aumentar ainda mais no começo de agosto, com a sinalização dos trabalhadores que estão de férias não retornarem ao trabalho e aderirem a paralisação.
Segundo o sindicato, até o momento houve uma queda substancial na produtividade, seja na modalidade presencial, semi-presencial ou no remoto. A média geral da força de trabalho para o reconhecimento de direitos, MOB (monitoramento operacional de benefícios) e manutenção caiu em torno de 80,64%.
Na região, a agência do INSS em Sumaré está atendendo apenas perícias, que não fazem parte do quadro do INSS, em Hortolândia o atendimento se mantém parcial. Segundo a assessoria do sindicato, nesta terça-feira houve uma reunião com servidores de Nova Odessa, que ainda não decidiram sobre paralisação.
Na região, as agências do INSS em Santa Bárbara d’Oeste, Americana e Hortolândia estão com atendimento parcial. Em Sumaré apenas perícias médicas, que não fazem parte do quadro do INSS, estão sendo realizadas. As agências Campinas Amoreiras está fechadae Campinas Centro está parcial. Em Nova Odessa foi realizada reunião com os servidores nesta terça-feira (30), mas ainda não foi definida paralisação. Alguns gestores e chefias entregaram os cargos e servidores de demandas jurídicas também estão paralisados.
Quanto ao cumprimento das metas dos servidores, em junho, antes da deflagração da greve e no momento em que a categoria realizava o ‘Apagão do INSS’ esporádico, a média cumprida ficou em 88%. Já em julho, com a greve instaurada, menos de 20% dos servidores cumpriram a meta. Avaliando a força de trabalho entre os meses de junho e julho, o INSS perdeu cerca de 60% da força de trabalho a partir da greve.
Os dados gerais mostram que um terço das agências de atendimento estão parcialmente ou totalmente fechadas e adesão de cerca de 40% dos servidores do teletrabalho.
A mensuração atual explica o porquê de o INSS ter entrado com ação judicial no STJ (Superior Tribunal de Justiça) pedindo que 85% das equipes em cada unidade da autarquia retorne ao trabalho.
“É importante deixar claro que a decisão da juíza do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, não fala em ilegalidade da greve, ao contrário, ela julgou a greve como sendo legal, porém temos que manter 85% das unidades do INSS funcionando”, informou o sindicato.
A decisão está sendo analisada pelo departamento jurídico do Sinssp com a finalidade de propor um instrumento jurídico que possa contra argumentar a decisão que foi tomada pelo STJ.
A pautas da greve do INSS são:
● nível superior para o ingresso no cargo de técnico do seguro social;
● atribuições exclusivas para os servidores que compõem a carreira do seguro social;
● enquadramento como carreira típica de estado ou estratégica finalística/transversal estruturante;
● reestruturação da tabela remuneratória de acordo a NT13 (com adicional de qualificação);
● abertura das Mesas Setoriais com prazo improrrogável (Defesa do teletrabalho, novas regras para o bônus e pontuação).