Morreu nesta segunda-feira (8) aos 75 anos a cantora Rita Lee, rainha do rock brasileiro e uma das principais compositoras da música popular brasileira. Rita fazia tratamentos contra o câncer de pulmão desde 2021. O velório acontecerá no Parque do Ibirapuera nesta quarta (10) das 10h às 17h.
Nascida em São Paulo, no último dia do ano de 1947, Rita é descendente de imigrantes estadunidenses que se estabeleceram em Santa Bárbara d’Oeste.
A cantora ganhou proeminência musical a partir de seu trabalho com Os Mutantes, banda de rock que misturava elementos do estilo com outros gêneros, experimentalismos sonoplásticos, letras bem-humoradas em uma verve antropofágica típica do tropicalismo.
Ao lado de Sérgio Dias e Arnaldo Baptista, Os Mutantes gravaram discos clássicos para a múisca brasileira, como A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado. Entre as canções gravadas pelo grupo, destacam-se Panis Et Circenses, Ando Meio Desligado, A Minha Menina, Balada do Louco e Chão de Estrelas.
O trabalho de Rita ao lado da banda foi tão pioneiro que é reconhecido mundialmente até hoje, tendo sido apontada como uma das bandas preferidas de Kurt Cobain.
Nos anos 70, Rita criou a banda Tutti Frutti, com quem lançou o disco Fruto Proibido, repleto de hits como Ovelha Negra e Agora Só Falta Você.
Rita teve uma carreira ativa até o fim da vida, tendo trabalhado como cantora, compositora, instrumentista, atriz, escritora e ativista. Tocava violão, guitarra, flauta, bateria, baixo, piano, entre inúmeros outros instrumentos musicais, como o moog e o mellotron.
Foi casada com Arnaldo Baptista de 1968 a 1972, e com Roberto de Carvalho de 1976 até o fim da vida. Rita deixa filhos e marido.