O Brasil enfrentou um déficit primário de R$ 47,6 bilhões nas contas públicas em 2024, conforme informou o Banco Central (BC) nesta quinta-feira (30). O número revela um descompasso entre as receitas e as despesas do governo, sendo o primeiro déficit desde 2016.
O déficit primário, que não inclui os juros da dívida pública, é um indicador crucial para avaliar a sustentabilidade fiscal do país. Esse valor está dentro da expectativa do governo, mas traz um alerta sobre o desafio de controlar o gasto público e melhorar a arrecadação.
Segundo o BC, a queda nas receitas, associada ao aumento das despesas com políticas públicas, foi o principal fator que contribuiu para o resultado negativo. Além disso, o enfraquecimento da economia brasileira, aliado a uma desaceleração no crescimento do PIB, também impactou o desempenho das contas.
O déficit primário de 2024 reforça a necessidade de um ajuste fiscal mais rigoroso, com medidas de controle de gastos e aumento da arrecadação, que devem ser detalhadas pelo governo nos próximos meses. A administração fiscal será um dos temas centrais para o novo governo, que promete trabalhar para equilibrar as contas públicas e garantir a confiança dos investidores no país.
O Banco Central projeta um cenário mais desafiador para 2025, com a expectativa de que o déficit possa aumentar, caso as medidas fiscais necessárias não sejam implementadas de forma eficiente.
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil