As primeiras análises laboratoriais realizadas no caso da intoxicação alimentar em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, identificaram a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas fatais e de dois sobreviventes.
Os exames foram realizados no sangue de Neuza Denize Silva dos Anjos, que morreu após consumir o bolo durante um café da tarde, além da mulher que preparou o alimento e de uma criança de 10 anos, sobrinho-neto dela, ambos em recuperação.
As outras vítimas fatais, Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva, também sofreram parada cardiorrespiratória, levando à morte em um intervalo de poucas horas entre a segunda-feira (23) e a terça-feira (24).
O caso, inicialmente tratado como intoxicação alimentar, passou a ser investigado com a hipótese de envenenamento deliberado, já que o arsênio é uma substância altamente tóxica e pode ter sido a causa do choque pós-intoxicação alimentar identificado nos laudos preliminares.
O que é arsênio?
O arsênio é um elemento químico natural encontrado no solo, na água e em minerais. Embora seja utilizado em indústrias e na fabricação de pesticidas, herbicidas e conservantes de madeira, é altamente tóxico para os seres humanos quando ingerido em grandes quantidades.
Os efeitos da intoxicação por arsênio incluem náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, problemas cardíacos, falência de órgãos e, em casos mais graves, morte por parada cardiorrespiratória, como relatado no caso em investigação.