Redação Jornal Americanense

Líder religioso é condenado a mais de 16 anos de prisão por abuso sexual em Hortolândia

Líder religioso é condenado a mais de 16 anos de prisão por abuso sexual em Hortolândia

Eduardo Santana, conhecido como Pai Du, foi condenado a 16 anos, 3 meses e 17 dias de prisão pela 1ª Vara Criminal de Hortolândia. Ele foi julgado por abusar sexualmente de pessoas que frequentavam seu centro religioso, forçando situações íntimas sem o consentimento delas e usando sua posição de liderança para enganar e manipular as vítimas. A sentença incluiu crimes de estupro, violação sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual e injúria. Devido à seriedade dos crimes, ele não poderá responder ao processo em liberdade enquanto aguarda a análise de possíveis recursos.

Pai Du, que liderava um centro de Umbanda, foi acusado de abusar sexualmente de 13 pessoas que buscavam sua orientação espiritual. A justiça considerou que, em sua função de pai de santo, ele não só abusou fisicamente das vítimas, mas também feriu princípios da Umbanda, desrespeitando a dignidade das pessoas com base em sua cor e orientação sexual. Além disso, ele submeteu os seguidores a situações humilhantes e violentas.

De acordo com o Tribunal de Justiça, os crimes ocorreram nas dependências do terreiro, especialmente em consultas privadas na chamada “sala de búzios”, nas residências das vítimas e durante viagens em seu veículo. Pai Du também enviava mensagens de texto, vídeos e áudios com conteúdo sexual para as vítimas. Além disso, durante rituais, ele induzia as pessoas a praticar atos sexuais, como descrito por diversas testemunhas.

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Pai Du realizava rituais e atendimentos no centro e também em áreas naturais, como matas e cachoeiras. “As vítimas relataram que, durante os rituais, ele combinava encontros, muitas vezes marcados para meia-noite em locais isolados, como riachos e cachoeiras, onde arrancava as roupas delas, chegando a rasgá-las. Em seguida, passava as mãos nas partes íntimas das vítimas,” destacou o Tribunal de Justiça.

A defesa de Pai Du argumentou que ele não tinha uma relação de superioridade sobre as vítimas. No entanto, o tribunal rejeitou essa defesa, considerando as evidências e os depoimentos das vítimas.

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