A advogada paulistana Maria Helena Galhani, conhecida por seu forte compromisso com os direitos humanos e a inclusão social, surgiu nos últimos meses como uma figura de destaque na esquerda de Americana, e deve se candidatar pela primeira vez à Câmara nas eleições de outubro deste ano. Entre as principais pautas estão as questões nacionais defendidas pelo seu partido, o PSOL, do qual é vice-presidente no município, além da intenção de combater o bolsonarismo local.
Na sua avaliação, a única representante da esquerda local tem um distanciamento dos movimentos sociais e não é suficiente para as demandas do eleitorado daquele campo.
Apesar de ter nascido em São Paulo, Maria Helena se considera ‘americanense de coração’, enfatizando que seus pais foram professores pioneiros do curso têxtil da Fatec Americana, o que levou a família a se mudar para a cidade logo após seu nascimento.
Com carreira no Direito empresarial, e atualmente no departamento jurídico de uma empresa de tecnologia, Maria Helena destaca sua trajetória de militância. “Fui do Movimento Estudantil na Unesp durante a graduação e quando retornei para Americana, me filiei ao PSOL. Atualmente, sou vice-presidente do diretório municipal”, relata. Além disso, Maria Helena tem um histórico de engajamento em causas sociais, sendo fundadora da Frente Feminista Marielle Vive e primeira presidente da comissão de diversidade sexual da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Americana.
Embora nunca tenha sido candidata antes, Maria Helena esteve envolvida em mobilizações eleitorais e na assessoria jurídica do PSOL em campanhas passadas. “Aproveitei essas experiências para aprender e me preparar para representar o projeto político do PSOL em Americana”, afirma. Sua candidatura é vista como uma resposta à necessidade de uma representação política que reflita as demandas dos movimentos sociais e promova uma mudança radical nas estruturas sociais.
Maria Helena critica a atual composição da Câmara Municipal, destacando a falta de compromisso de duas das três vereadoras com os direitos das mulheres e a falta de independência política. Ela também aponta a insuficiência do mandato da professora Juliana do PT, atribuindo à estratégia de conciliação política do partido em nível nacional e à falta de conexão com os movimentos sociais locais.
Em termos de estratégia eleitoral, Maria Helena segue homologada com a resolução do PSOL Americana de abril deste ano, que optou por não lançar candidatura própria, e aguardar até as convenções eleitorais para definir um apoio crítico à candidatura de Maria Giovana Fortunato, do PDT. Ela reconhece a importância de derrotar o bolsonarismo na cidade, mas ressalta a necessidade de uma candidatura realmente comprometida com a classe trabalhadora.
Caso eleita vereadora, Maria Helena promete um mandato focado na defesa intransigente dos direitos humanos, da diversidade e da inclusão, com atenção especial à população LGBTQIA+ da cidade. Ela também destaca seu interesse na gestão socialmente responsável do patrimônio público e nos mecanismos de cidadania ativa e transparência.
Sobre a política nacional, Maria Helena acredita que o interior de São Paulo pode desempenhar um papel crucial na definição do sucesso de uma revolução socialista no Brasil, devido às profundas desigualdades e à influência dos setores conservadores na região. Ela enfatiza que a reaproximação dos movimentos populares é essencial para superar os resquícios do bolsonarismo e promover mudanças estruturais.
Com uma candidatura marcada pelo comprometimento com a mudança social e o fortalecimento dos movimentos populares, Maria Helena Galhani promete ser uma voz ativa e representativa na política municipal de Americana.