A denúncia foi motivada pela declaração de Corá de que o feriado da Consciência Negra era “o dia da hipocrisia, do vitimismo e da divisão racial”
Os vereadores barbarenses decidiram, por nove votos a oito, pelo arquivamento do Processo Administrativo da denúncia por quebra de decoro parlamentar e consequente pedido de cassação de mandato do vereador Felipe Corá (Patriota) durante a 1ª Reunião Extraordinária do ano realizada na noite desta quarta-feira (16).
A denúncia foi motivada por comentários feitos por Corá durante a sessão da Câmara realizada no dia 23 de novembro do ano passado. Na ocasião, o vereador barbarense declarou que o feriado da Consciência Negra era “o dia da hipocrisia, do vitimismo e da divisão racial”.
Após as falas de Corá, associações ligadas ao movimento negro do município barbarense protocolaram ofícios na Câmara manifestando repúdio às declarações e solicitando providências por parte da Comissão Permanente de Ética e Decoro Parlamentar.
Votaram a favor da abertura do Processo Administrativo contra Corá os vereadores Bachin Jr. (MDB), Carlão Motorista (Republicanos), Carlos Fontes (União Brasil), Esther Moraes (PL), Joi Fornasari (PV), Kátia Ferrari (PV), Kifú (PL) e Uruguaio (MDB).
Contra a abertura do processo votaram Arnaldo Alves (PSD), Careca do Esporte (Patriotas), Celso Ávila (PV), Eliel Miranda (PSD), Isac Sorrillo (Republicanos), Valdenor de Jesus Gonçalves Fonseca (Avante), Nilson Araújo (PSD), Reinaldo Casimiro (Podemos) e Tikinho TK (PSD).
Joel Cardoso (PV), presidente da Câmara, e Felipe Corá, possível investigado, não votaram.
De acordo com o Decreto Lei nº 201/1967, seria necessária a maioria simples dos votos para o acatamento da denúncia e consequente abertura de Comissão Processante.