Um homem de 58 anos desenvolveu metástase meses depois de receber um fígado com tumor maligno em um transplante realizado em São Paulo. O caso aconteceu em março de 2023 e está sob investigação.
O paciente, Geraldo Vaz Junior, havia sido diagnosticado com hepatite C em 2010 e estava na fila de transplantes. Após receber o novo órgão em 2023, acreditava ter superado a doença. Porém, sete meses após a cirurgia, exames revelaram seis nódulos no fígado. A biópsia confirmou a presença de adenocarcinoma, um tipo agressivo de câncer.
O quadro se agravou: o câncer se espalhou para o pulmão, indicando metástase. Exames de DNA mostraram que as células malignas tinham o mesmo material genético do fígado transplantado, o que indica que o órgão já estava contaminado no momento do procedimento.
O caso expõe falhas graves nos protocolos de triagem de órgãos para transplante e levanta debate sobre a necessidade de exames mais rigorosos antes da doação.