Redação Jornal Americanense

Jussania Oliveira: Vamos superar o medo da mudança?

É esperado e, muitas vezes exigido, que aos 17-18 anos você já saiba o que “quer ser quando crescer”, isto é, que saiba qual profissão queira estudar e seguir.

Jovens imaturos são imbuídos da ideia que precisam escolher um curso de uma carreira que poderá seguir ao longo de toda a sua vida.

Daí a Juju aqui pergunta: Você é feliz com a profissão que escolheu? Você se sente realizado com o trabalho que executa? Você gosta do que faz?

Sim, pois é fato que muitos apenas seguem suas vidas na escolha que fizeram há 20, 30 anos atrás, mesmo sendo infelizes, pelo medo da mudança, medo de recomeçar, medo de não “acertar” de novo…

É claro que qualquer coisa nova gera medo, insegurança… Isso faz parte.
E não falo apenas do departamento profissional.

Quantas pessoas estão infelizes em relacionamentos abusivos, relacionamentos onde não existe mais amor, respeito e consideração… Quantas pessoas se sujeitam a viver uma vida medíocre, sem prazer ou satisfação por acreditarem em frases do tipo:

  • Ruim com ele(a), pior sem ele(a).
  • O trabalho é ruim, paga pouco, mas pelo menos você está empregado…
  • Você vai arriscar o “certo” pelo duvidoso?
  • Olhe para trás, tem gente muito pior!
  • Ah, já chegou até aqui, pra quê mudar agora?
  • Vai se arriscar e correr o risco de perder?
  • Está chorando de barriga cheia?

Existe ainda a culpabilização para aqueles que pensam, só pensam, em fazer algo novo, diferente.

A pseudo-segurança de um trabalho que não te agrada, de um relacionamento que não te faz feliz, de uma vida que não te motiva, faz com que uma grande parte das pessoas permaneçam exatamente onde estão.

É claro que a mudança é difícil, trabalhosa e muitas vezes, demorada.

É claro que o medo de errar, de não dar certo, de se arrepender da escolha feita, apavora qualquer um.

E quero deixar claro que, em nenhum momento, estou dizendo que deva-se ser inconsequente, irresponsável ou qualquer coisa do tipo.

Quero te ajudar a refletir no quanto somos “engessados” em nossa formação para que permaneçamos no mesmo lugar, mesmo que este lugar seja ruim.

Outra frase que me causa taquicardia: É melhor o ruim conhecido do que o bom desconhecido.

Gente, existem pessoas (muitas) que dizem textualmente no consultório: Não é bom, gera um bocado de problemas, me sinto frustrado(a) e decepcionado comigo mesmo, mas pelo menos eu sei onde estou pisando.

Você consegue imaginar o que esta maneira de pensar e viver pode trazer de consequências para sua saúde?

Em 32 anos de profissão, eu nunca vi um número tão grande de doenças mentais: depressão, transtornos de ansiedade, aumento dos índices de suicídio, disfunções sexuais, e toda sorte de doenças.

Independentemente se você tem 30, 50 ou 70 anos, SEMPRE existe a possibilidade de mudança.

Você pode descobrir caminhos, sensações e experiências que você nunca imaginou que seria capaz.

Você terá a chance de se reinventar, de se redescobrir e gostar muito mais de sua nova versão.

Ah Ju, mas e se não der certo? Gosto de pensar e, na verdade acredito nisto, que toda situação e vivência que temos, no mínimo traz algum aprendizado! Nada é 100% negativo ou perdido.

E ainda no modo frases:

Mar calmo não faz bom marinheiro!

Prefiro me arrepender de ter tentado do que viver com a ideia de como seria se tivesse tentado…

Enfim, viver é uma sucessão de decisões e escolhas.

Mas que, pelo menos, você seja feliz com as escolhas que faz e não deixe de tentar!

E se der medo? Se der medo, vai com medo mesmo!

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