As palavras trocadas entre mãe e filho, muitas vezes corriqueiras, tornam-se eternas quando se transformam na última lembrança de um adeus. Foi o que aconteceu com a conversa entre Matheus Henrique Gomes de Toledo, piloto de 25 anos, e sua mãe, poucos dias antes do trágico acidente aéreo em uma aldeia indígena de Peruíbe, litoral sul de São Paulo.
No diálogo, Matheus e sua mãe compartilham um instante de cumplicidade e afeto. Ela, ao perceber que o avião STS passava, perguntou ao filho se era ele quem estava no comando. Matheus confirmou, dizendo que havia passado duas vezes. A mãe, empolgada, perguntou se ele a viu, pois havia acenado. “Eu vi tudo”, respondeu ele, rindo. “Eu vi”, reafirmou, seguido de risos, como se estivesse ali, sorrindo do outro lado da tela.
Em uma troca cheia de emoção, a mãe ainda se emocionou: “É sério? Pelo menos dessa vez, mesmo sem saber que era você, deu tempo de eu correr, acenar e você me ver.
