De 7 a 16 de junho um dos mais importantes festivais, que celebra a cultura sertaneja do Brasil, acontece no Parque de Eventos CCA (Clube dos Cavaleiros de Americana). Há 36 anos à frente da organização da Festa do Peão de Americana, o empresário Beto Lahr destaca a tradição do evento que começou com a proposta regional na Fidam (Feira Industrial de Americana), passou para o nacional e hoje é conhecida em outros países.
Nesta entrevista ao JA, Beto Lahr fala da expectativa, da organização, atrações culturais, investimento na segurança e da saudade de quem se dedicou para que o rodeio de Americana chegasse ao atual patamar.
JA: Qual a expectativa para a 36ª edição da Festa do Peão de Americana?
Na nossa cabeça uma é sempre melhor que a outra em termos de segurança, de estrutura e de beleza, a grade de shows. O nosso rodeio é internacional, graças a Deus, a expectativa é ótima.
JA: Sobre a segurança, tudo indica que há uma união maior de órgãos de segurança envolvidos na festa. Isso agrega mais ao evento?
Com certeza, olho no olho é a melhor coisa porque a pessoa fica falando: “Quem é o Beto, que faz um evento deste tamanho, será que ele é gente boa, será que ele coloca o dinheiro no bolso?” e não é nada disso. A gente está muito feliz pelas reuniões sobre segurança e tirar proveito delas, então vamos trabalhar.
JA: A Polícia Militar passou uma informação quanto a redução de 60% nos furtos de celulares durante o evento de 2023 em relação ao ano anterior. Você acredita que isso possa servir de tranquilidade para as pessoas que vêm à festa?
A partir do momento que nós contratamos o Pedroza (Luiz Henrique Pedroza da Silva) para ser a pessoa que comanda a segurança, uma pessoa que entende muito bem e trabalha em outras festas, ele foi sanando e hoje conseguiu derrubar (furtos) porque quem atua são as gangues e elas sabem que o cara que está lá, o tal de Pedroza, ele foca mesmo, e vai em cima, por isso diminuiu bastante.
JA: Voltando 36 anos à primeira festa realizada na Fidam, vocês tinham ideia da magnitude que o evento se tornaria, passando de regional, nacional e agora internacional?
Jamais. Nós queríamos trazer o Zé do Prato e fazer uma festa boa, aí perdemos o Zé depois da quinta festa. Depois disso ela foi para a Rede Globo, no programa Legal, depois foi reprisado no ano, muitas comissões vieram para a festa, o pessoal do Rio de Janeiro e a festa deu um ‘boom’ e estamos aí, com a 36ª. Poderia ser a 38ª mas com a pandemia, Deus não quis e estamos lutando para que a gente consiga permanecer. Tem meu filho que está me ajudando muito e a gente está se preparando porque hoje com a internet, são coisas novas, tem de ser uma pessoal mais jovem e terceirização. A terceirização é tudo, vamos buscando pessoas que trabalham em eventos semanalmente e a festa é itinerante.
JA: Você citou o seu filho Guilherme Lahr. Você vai deixar a realização da Festa do Peão de Americana como herança para ele seguir e dar continuidade a sua história com o evento?
Ele está indo muito bem, só vai depender dele, se ele focar. Já faz anos que ele está junto comigo, conhece todos os artistas, tem conhecimento do mundo do rodeio. Não fala em assumir, mas acho que ele está pegando qualidade e sabedoria para um dia tocar a festa.
JA: Em relação às atrações artísticas desta edição, o que você destaca para este ano e que seja novidade?
Não tem nem o que falar, a Ana Castela está um vulcão, no dia 15 (de junho) daria para fazer duas festas só neste dia.
JA: E tem as parcerias que são tradição da festa, como o Domingo da Família. Elas seguem para este ano?
Sim, a família Cavichiolli, do supermercado São Vicente, os dois domingos, os dois shows top, final de tudo, etapa master de PBR (Professional Bull Riders), três tambores, no primeiro domingo Zezé de Camargo e Luciano e a Simone Mendes, no segundo domingo o Daniel com Roupa Nova com o show A Força do Amor, então vai ser uma maravilha.
JA: O que não pode faltar na Festa do Peão de Americana? Quando você senta com a sua equipe para definir o evento do ano, o que você fala que não pode faltar?
Não pode faltar humildade, não pode faltar origem, que o rodeio com toda sua origem e tradição não pode faltar. Na festa de Americana nunca faltou o cavalo que pula, o cutiano, que é tradição, que nunca faltou nas nossas festas, tem festas que anunciam e nem tem rodeio.
“Não pode faltar humildade, não pode faltar origem”
JA: E autoridades para este ano, quem já foi convidado e confirmou presença e de quem você aguarda confirmação?
Nós convidamos o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro quando ele esteve aqui na cidade para as filiações do PL e nós convidamos também o governador Tarcísio, que já veio na festa por duas vezes, e já assinalou que vem. Creio que ele venha no primeiro dia. Ele (Tarcísio) é super fã do Zé Neto.
Foto: FotoPerigo
