Pertencentes à cultura Casarabe, 11 dos 26 sítios arqueológicos encontrados não eram conhecidos ainda pelos cientistas e têm cerca de 600 a 1500 anos de existência
Um estudo realizado por arqueólogos da Alemanha e da Bolívia publicado nesta quarta-feira (25) na revista Nature descobriu a presença de cidades pré-coloniais com estradas, canais, represas e fortes, além de pirâmides com mais de 20 metros de altura na região da Amazônia. Pertencentes à cultura Casarabe, 11 dos 26 sítios arqueológicos encontrados não eram conhecidos ainda pelos cientistas e têm cerca de 600 a 1500 anos de existência. A descoberta foi realizada em Llanos de Mojos, na Bolívia.
Uma tecnologia denominada LiDAR (Light Detection And Ranging) foi utilizada. Com ela, a região foi escaneada através de uma espécie de laser aéreo capaz de mapear o território. Ele emite seus sinais em direção à superfície e captura os seus reflexos. Com isso, pôde-se compreender o que estava escondido debaixo da vegetação da região.
Dois desses sítios arqueológicos eram grandes assentamentos com tamanho de 147 e 315 hectares e pirâmides de terra batida e foram batizados de Cotoca e Landívar pelos cientistas. De acordo com os pesquisadores, a cultura que habitava a região cultivava a agricultura e tinha interesses cosmológicos. A sociedade vivia em meio à selva boliviana e também caçava e pescava.