O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu a vacina contra a dengue na rede privada, sem fazer qualquer divulgação pública do ato, quatro dias antes do início da campanha de vacinação promovida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A falta de transparência em relação ao modelo da vacina, ao custo e ao laboratório responsável gerou questionamentos.
No começo deste ano, a escassez de vacinas contra a dengue no SUS foi alvo de críticas severas. O Ministério da Saúde conseguiu liberar a imunização apenas para crianças de 10 a 14 anos, evidenciando a limitação de disponibilidade para a população em geral.
Ao contrário das campanhas de vacinação contra a gripe e a Covid-19, nas quais Lula se vacinou publicamente para incentivar a adesão da população, a vacinação contra a dengue foi realizada de maneira discreta, sem a usual participação midiática do presidente.
Até o momento, o país registrou 4 mil mortes confirmadas por dengue neste ano. Além disso, outras 2,8 mil mortes estão sob investigação. O número de casos prováveis de pessoas que contraíram a doença atinge a marca de 6 milhões.