Redação Jornal Americanense

Calor acumulado em oceanos bate novos recordes em 2021

Foi o sexto ano consecutivo de recordes

O calor acumulado nos oceanos bateu novos recordes pelo sexto ano consecutivo, mostra pesquisa com dados até 2021, publicada nesta terça-feira (11) na revista científica Advances in Atmospheric Sciences.

Os 23 autores do trabalho, de 14 institutos de vários países, alertam que as temperaturas no mar bateram recordes pelo sexto ano consecutivo. Lembram que são resultados do fim do primeiro ano da Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030).

O relatório resume dois conjuntos de dados internacionais, do Instituto de Física Atmosférica (IAP, na sigla original), da Academia Chinesa de Ciências, e dos centros nacionais de Informação Ambiental, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla original), dos Estados Unidos (EUA), que analisam observações sobre o calor nos oceanos e seu impacto desde a década de 50.

O aquecimento dos oceanos “está aumentando incessantemente, em nível global, e este é um indicador primário da mudança climática induzida pela humanidade”, disse um dos autores do documento, Kevin Trenberth, do Centro Nacional de Investigação Atmosférica do Colorado.

No último ano, estimaram que os primeiros 2 mil metros de profundidade em todos os oceanos absorveram mais 14 zettajoules de energia sob a forma de calor do que em 2020, o equivalente a 145 vezes a produção mundial de eletricidade em 2020.

Toda a energia que os seres humanos utilizam no mundo em um ano é cerca de metade de um zettajoule (um zettajoule é um joule, unidade para medir energia, seguido de 21 zeros).

Além de calor, os oceanos absorvem atualmente entre 20% e 30% das emissões de dióxido de carbono produzidas pela humanidade, levando à acidificação das águas, disse Lijing Cheng (IAP), acrescentando que “o aquecimento dos reduz a eficiência da absorção de carbono e deixa mais dióxido de carbono no ar”.

Os cientistas também avaliaram o papel de diferentes variações naturais, como as fases de aquecimento e arrefecimento conhecidas como El Niño e La Niña, que afetam grandemente as mudanças de temperatura regionais.

Segundo Lijing Cheng, as análises regionais mostram que o forte e significativo aquecimento dos oceanos, desde o fim dos anos 50, ocorre em todos os lugares e que as ondas de calor marinhas regionais têm enormes impactos na vida marinha.

De acordo com Lijing Cheng, o estudo mostra também que o padrão de aquecimento dos oceanos é resultado de mudanças na composição atmosférica relacionadas com a atividade humana.

“À medida que os oceanos aquecem, a água expande-se e o nível do mar sobe. Os oceanos mais quentes também sobrecarregam os sistemas climáticos, criando tempestades e furacões mais poderosos, bem como aumentando a precipitação e o risco de inundações”, alertou.

Foto: Arquivo/Agência Brasil

COmpartilhe

Facebook
X
WhatsApp
Mais lidas

RECOMENDAMOS PARA VOCÊ

Brasil

13 dez 2024

O auxílio-inclusão é um benefício assistencial mantido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que é concedido para pessoas com

Brasil

12 dez 2024

O SBT está considerando o retorno do programa Casos de Família, um dos maiores sucessos da emissora no segmento de

Brasil

11 dez 2024

Uma operação realizada pelo Ministério Público identificou graves irregularidades em uma fábrica de produtos lácteos da Dielat, localizada no Rio

Brasil

28 nov 2024

Os MEI’s (microempreendedores individuais), as ME’s (microempresas) e as EPP’s (empresas de pequeno porte) devem estar atentos para não serem

Brasil

27 nov 2024

Um vídeo contendo um crachá falso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem circulado em um aplicativo de mensagem

Brasil

19 nov 2024

Segundo levantamento realizado pelo Sebrae (Serviço Braileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas)  com dados da Receita Federal, em

Anunciar ou recomendar matéria