Redação Jornal Americanense

“Não saio pelo PDT”, afirma Ricardo Tite, que se candidatará a vereador em Americana em 2024

Ricardo Tite é vereador suplente de Americana, com três projetos aprovados e dezessete proposituras. Em 2020, ele foi candidato a vereador, quando obteve cerca de 600 votos. Ao JA, Tite conta um pouco de sua trajetória política, elogia a atual gestão Chico Sardelli e afirma que deixará o PDT para se candidatar a vereador em 2024.

Como você se definiria? Quem é o Ricardo Tite?

É duro a gente falar da gente, né? O Ricardo Tite é uma pessoa amiga, companheira, que se preocupa com o próximo. Essa sempre foi a minha atuação. Uma pessoa que adora ouvir mais do que falar.

Você nasceu na capital e veio para Americana?

Eu nasci em São Paulo de curioso (risos). Eu vim para cá com um mês de idade. Minha tia veio visitar meus avós e ganhou meu primo aqui. Depois, minha mãe estava grávida de mim e foi ajudar minha tia. Eu nasci lá de curioso. Meu primo que mora em São Paulo, nasceu aqui. Eu que moro aqui, nasci em São Paulo. Mas me considero americanense, e muito.

Você atua na administração pública há vinte anos. Você poderia falar um pouquinho dos locais e funções em que trabalhou durante esse tempo?

Eu entrei com dezoito anos, na época do Dr. Waldemar Tebaldi, no DAE (Departamento de Água e Esgoto), onde ingressei no almoxarifado. Em menos de um ano, passei para a área de contabilidade e depois para chefe de setor. Estive durante o período de 1999 até 2009 no DAE. Depois disso, passei um ano fora da administração e voltei quando recebi um convite do então vereador Odair Dias para ser estagiário dele. Após a eleição, passei a ser assessor dele, atuando na Câmara, na Secretaria de Meio Ambiente e na de Esportes. Isso durante três mandatos.

Na última eleição, foi a primeira vez que você disputou uma vaga na Câmara Municipal de Americana. Como foi esse período eleitoral para você?

Para mim foi uma experiência única. Eu imaginava que seria muito mais fácil ser o candidato do que ser o cara que pede votos para o candidato. Mas é muito difícil, complicado. É uma experiência gostosa. Gostei demais. Eu falo que nasci com a política no sangue. No entanto, achei que seria fácil e não foi. É muito complicado. Sempre falta um pouquinho a mais. Infelizmente faltou 90 votos. Mas acho que não era o momento. Depois a gente começa a entender o jogo e vê que não era o momento.

“Um dia eu disse: vou entregar o meu santinho, vou ser vereador de Americana”

Você comentou que a política sempre esteve com você. Por que você resolveu entrar para a política de forma atuante?

Meu pai foi candidato, foi suplente em 1996. Ele foi muito bem votado, recebeu mais de 500 votos, com um mês só de campanha. Lembro até hoje quando era pequeno e entregava o santinho dele por aí. A gente, na verdade, tinha vergonha naquela época. Era uma época totalmente diferente de hoje. Um dia eu disse: vou entregar o meu santinho, vou ser vereador de Americana. Fui tentando entender como funciona e graças a Deus tive uma experiência única quando assumi a primeira vez como vereador. Foi uma sessão extraordinária. Demorei mais para escolher a roupa que vestiria do que o tempo da sessão (risos). Foi em uma terça-feira, às 10h da manhã. O nervosismo foi imenso. Demorou mais o juramento do que a sessão, mas foi muito prazeroso. É um sonho a se correr atrás para se realizar totalmente. Depois disso, vieram outras sessões, em que eu, como suplente, tive três projetos aprovados, mais de 17 proposituras. Foi muito gratificante.

Mesmo você não conseguindo uma cadeira direta na Câmara, como suplente de vereador você foi bem ativo. Como é a sua relação com a casa e os vereadores?

Graças a Deus sou muito bem-vindo. A gente vai aprendendo a respeitar o outro, a entender. No momento em que você passa a respeitar as pessoas, elas passam a te respeitar. Na minha cabeça era: não vão estar nem aí com meus projetos, porque sou suplente, não vereador eleito. Você acha que vão falar: deixe ele para lá, ganhar seu dinheiro e acabou. Na verdade, não foi assim. O presidente da casa, Thiago Brochi, é um amigo que a política me deu, sempre disposto a me ajudar, muito solícito. Uma das coisas mais gostosas foi quando eu fiz questão de tirar foto com a Dona Vera, chefe da faxina e da limpeza da Câmara. Conheço ela desde a época em que eu ajudava o agora prefeito Chico Sardelli (PV). Tenho um carinho muito grande por ela. Desde a limpeza até o presidente da casa, me respeitaram muito bem.

Pensando nas eleições de 2024, você pretende encarar mais uma candidatura?

Sim. Hoje em dia, é difícil você sair falando de política com as pessoas. Ela está muito desacreditada por algumas pessoas. Acredito que a gente pode fazer a diferença. Se eu falasse: vou pensar só em mim, eu acabaria largando isso, seria assessor ou até mesmo trabalhar no executivo. Mas eu não posso pensar só em mim. Tenho que pensar no meu bairro e na minha cidade, contar com as pessoas que acreditaram em mim pela primeira vez, mais de 600 votos sem as condições financeiras de bancar uma campanha. Se Deus permitir, eu venho candidato e disputo mais uma eleição.

Durante esse ciclo, a sua percepção mudou em alguns pontos?

Mudou muito, mas muito mesmo. Hoje eu sou mais focado em entender e estudar do que em fazer as coisas no impulso. A gente tem que entender como funciona o sistema. Não adianta a gente ir no hospital e fazer um escândalo, postar em redes sociais. A gente tem que ver e entender o caso, não tripudiar e fazer palanque do caso dos outros.

“Eu falo para todo mundo que o Chico levou mais de trinta anos para ser prefeito, tentar fazer com que a nossa cidade fosse um lugar em que as pessoas entrassem e enchessem os seus olhos. E ele fez isso”

Como você avalia a gestão atual, tanto no Legislativo quanto no Executivo?

No legislativo já tivemos melhores. Tem alguns vereadores bem ativos, não podemos negar. Falta um pouco de alguns, mas isso é normal. Não sou de criticar o trabalho dos outros porque a gente não sabe o que as pessoas vêm fazendo. Quanto ao Executivo, eu acho que ele vem exercendo um excelente trabalho. Nosso recape está sendo feito. O portal ficou a coisa mais linda. Eu falo para todo mundo que o Chico levou mais de trinta anos para ser prefeito, tentar fazer com que a nossa cidade fosse um lugar em que as pessoas entrassem e enchessem os seus olhos. E ele fez isso. Ficou muito bonito. Além dos postinhos de saúde, das UPAs 24 horas, a prática esportiva melhorou muito para as crianças. É um ótimo trabalho. Não tenho dúvidas que a população de Americana está vendo isso e continuará dando um voto de confiança ao prefeito para que ele termine o próximo mandato e nossa cidade volte a sorrir.

Você sai candidato pelo PDT?

Não venho pelo PDT. O PDT foi um partido que me acolheu, sou muito grato. O PDT segue uma linha ideológica que não é a minha cara e não é a cara dos meus eleitores. Antes de fazer alguma coisa, eu tenho que conversar e ver com os meus eleitores. O PDT passou a ter uma postura que eu não compactuo e decisões que eu não acho bacana. O pessoal achou melhor a gente procurar outro partido. Na virada do ano, eu vou mudar de partido, ainda não definido, mas não saio pelo PDT. Na virada do ano vou definir a respeito disso. 

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