O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, instruiu o exército a elaborar um plano para facilitar a “saída voluntária” dos residentes da Faixa de Gaza. Esta decisão alinha-se com a recente proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugere a realocação dos palestinos de Gaza e a subsequente reconstrução da região sob supervisão americana.
Katz enfatizou que os moradores de Gaza devem ter a liberdade de emigrar, como é comum em outras partes do mundo. Ele sugeriu que países que criticaram as operações militares de Israel em Gaza, como Espanha, Irlanda e Noruega, deveriam estar dispostos a receber esses residentes. O plano proposto inclui opções de saída por vias terrestres, marítimas e aéreas.
A proposta de Trump enfrentou críticas internacionais, sendo considerada por muitos como uma violação do direito internacional e potencialmente um crime de guerra. Países como Rússia, China, Alemanha e Arábia Saudita expressaram oposição ao plano, alertando para o risco de novos conflitos e sofrimento. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu a ideia como “notável” e digna de consideração.
Em resposta às declarações de Katz, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, rejeitou a sugestão de acolher palestinos deslocados, afirmando que “a terra dos gazatíes é Gaza” e que não se deve discutir a relocação dos palestinos.
A situação em Gaza permanece tensa, com desafios humanitários significativos e debates internacionais sobre as melhores soluções para a crise em andamento.
Foto: Forças Israelenses de defesa/divulgação via Reuters/ Agência Brasil