Em minha última coluna eu falei sobre as relações entre cansaço e sexualidade, sobre o quanto o cansaço pode interferir negativamente em sua satisfação e prazer sexual.
Hoje, complementando de forma mais abrangente o tema, quero falar de variadas situações que podem promover um profundo cansaço físico e mental.
Cansaço também vem de:
– Sacrificar-se e tentar salvar todo mundo.
– Querer agradar todo mundo.
– Remoer mágoas do passado.
– Sobrecarregar seu cognitivo.
– Não impor limites.
– Cobrar-se demais.
– Esconder o que sente.
– Sentir muita culpa.
– Trabalhar demais.
Aposto que você se identifica com uma ou mais destas situações que promovem cansaço.
Então vem o questionamento: se você identifica, por que as mantêm? Por que não muda sua maneira de pensar e agir?
Sabem por que, lindezas da Ju? Porque mudar não é fácil. Mudar exige muita determinação, vontade e disciplina. Mudar significa reconhecer a si e sua história de vida, envolve compreender os motivos que te levaram a se comportar desta ou daquela maneira.
Não acreditem naquela fala: “ah, se realmente a pessoa quiser mudar, ela muda! Só não muda se não tiver vergonha na cara!”
Não, meus queridos! Muitas pessoas querem mudar… querem muito mudar, mas não conseguem!
Essas pessoas podem estar “presas” a um condicionamento aprendido, a uma educação rígida, a ausência de alguma figura de identificação importante (pai, mãe…), a alguma religião castradora, à baixa autoestima, ao medo de não ser aceito…
Enfim, eu poderia passar este restinho de ano listando as inúmeras causas (muitas vezes inconsciente) que podem impedir a mudança tão desejada.
Muitas pessoas também acreditam que o tempo faz as pessoas mudarem para melhor.
Não, meus amores! Em muitos casos (muitos, mesmo) a pessoa piora com o tempo, podendo se tornar uma pessoa infeliz, amargurada, rancorosa, passando toda uma vida revivendo suas dores, suas perdas, sua má sorte.
E o que é muito pior: aquilo que você não “conserta” em si mesmo, você pode transferir para seus filhos, perpetuando os danos sofridos.
Como pais, somos responsáveis pela formação e educação de nossos filhos, ou seja, muito do que somos e aprendemos, passamos para eles.
E acreditem: nossos filhos não aprendem somente o nosso “lado bom”. Se assim fosse, eu não teria tantos pacientes com traumas e transtornos emocionais por experiências vividas na infância e adolescência.
Independentemente de nossos filhos, precisamos refletir sobre a brevidade da vida. O quão pouco tempo de existência temos para nos desenvolver e nos transformar em nossa melhor versão: um ser humano e espírito mais evoluídos e. consequentemente, uma pessoa muito mais saudável e feliz!
Está cansado de algo e deseja mudar, mas sozinho não consegue?
Busque ajuda profissional especializada e enfrente seus “fantasmas”, controle seus medos, desenvolva sua autoestima e descubra o incrível ser humano que você é!
Mas precisa ter coragem, ok? Fazer tratamento psicológico eterapêutico é para os “fortes”, pois quem passa a vida se escondendo de si mesmo corre um sério risco de não encontrar sentido nesta breve existência.