Redação Jornal Americanense

Jussania Oliveira: Sexualidade é importante para você?

Pense em sua trajetória de vida e na idade em que você se encontra hoje. Consegue identificar como foi o desenvolvimento de sua sexualidade e como você exercita esta sexualidade até os dias atuais?

Houve períodos em que era muito importante pra você e depois deixaram de ser?

Você continua valorizando e cuidando de sua sexualidade?

Estas perguntas são para que você reflita e entenda que muito de nossa sexualidade vem através da educação que recebemos, religião que praticamos, crenças e valores estabelecidos e mantidos, mitos e tabus sexuais instalados.

Atualmente temos muito mais liberdade de expressão do que 30, 40 anos atrás.

Falar sobre sexualidade se faz necessário e é bem mais aceito.

Muito diferente do período que fomos crianças e adolescentes, onde este tema não era discutido tão livremente, tão abertamente e com tantos meios de informação.

E aí você pode pensar: Bom, então agora as pessoas são muito mais felizes e satisfeitas sexualmente! Certo? Errado!

Há 32 anos estou no propósito de contribuir para a saúde mental e sexual das pessoas. E é impressionante, mesmo com tantos veículos informativos, a falta de conhecimento de muitos… mas muitos mesmo.

Por que isso acontece? Porque informação não é educação!

Não temos uma política de educação sexual. Não temos profissionais formados e especializados nesta área, na quantidade necessária, para ensinar nas escolas, igrejas, nas famílias e comunidades.

É muito desafiador quebrar as barreiras sociais e conscientizar as pessoas que, com sexualidade saudável e prazerosa, tem-se muito mais saúde e qualidade de vida.

Voltando a minha pergunta inicial: Sexualidade é importante para você?

Responda esta pergunta e você saberá se foi influenciado positivamente ou negativamente a respeito de sua sexualidade.

Tantas pessoas se “aposentam” de sua sexualidade… Deixar de usufruir de um dos maiores prazeres e benesses humanos pelo simples fato de terem aprendido que não é importante, principalmente após a procriação.

Quantas pessoas, na faixa dos 40/50/60 anos, eu atendo e que trazem uma série de disfunções sexuais que impedem sua satisfação sexual. Quantos relacionamentos desgastados e, muitas vezes, destruídos pela falta de manutenção da sexualidade. Quantas pessoas chegam nesta faixa etária sem conseguir identificar e reconhecer suas zonas erógenas, de que modo conseguiriam ter prazer ou como dar prazer a parceria.

Enfim, ainda há um longo caminho de trabalho pela frente.

Mas sabe um dos grandes momentos de realização em minha profissão?

Quando o paciente descobre os benefícios para sua saúde e felicidade, tendo e exercitando uma sexualidade plena e prazerosa.

Sexo é saúde! Sexo é prazer! Sexo é vida!

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